sábado, 27 de setembro de 2008

Céu vermelho aos vencedores

Assombroso ao geral. Em particular medido como um dom. Eu sou tão metafórico, não é mesmo? Isso geralmente me irrita, mas me irrita muito mais ser previsível. E acredite, sempre há os que desvendem com ousadia. E como se já não bastasse, ainda me seduzem ao denominar-me uma incógnita.
Eu apenas havia lhe pedido que elaborasse com certa sabedoria suas palavras. Eu meço demais, aliás, pensar é meu maior problema, ou a causa de minha existência. E você? Acredita que seja uma dádiva ou uma epidemia? Não pense, tente apenas me agradar.
Sabe, sou grande sedutor, grande crítico, mas não vou negar, sou, também, grande apreciador da vida, e das coisas nela existentes. Eu sou você. Sou eles. Os detrás e os que virão. Os que virão e os detrás. (risos) Desculpe, adoro mostrar loucura, confundir-los a essa altura do campeonato já se tornou uma diversão.
Fitemos as coisas com um pouco mais de objetividade então.
Venha comigo vou lhe contar um segredo, mas lembre-se, é um segredo. E segredos são secretos, é claro!

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Estava permutando de lado sem ser percebido. Houve algumas decepções, mas nada que fugisse à discrição de seus feitores. Batalhavam entre si, numa dessas vielas escuras, enquanto o céu era manchado por cores alaranjadas. Dá-se ao crepúsculo.
Eles sentiam tanto amor, tanta fúria, e eram consumidos por aquele momento. Um filete de sangue perfilou sobre o corpo de um deles, mas não cessaram. Próxima parada, o inferno. O sangue borrou os seus corpos ao misturar-se ao suor deles. Ofegando, grunhiam.
Prosseguiram com excitação. Mordem-se lábios, atiram-lhes pedras. Não cessam. Por ora acreditaram no momento, e é exatamente assim que se ganham as batalhas. Desvinculando-se dos arredores sangrentos que te impedem de seguir.
Uma luta de egos, é isso o que era.

Caiu a noite, e com ela, um dos guerreiros. O mais fraco deles, óbvio.
Os olhos do vencedor passearam sobre o corpo sem vida, e não pode esconder a ternura existente neles. Ele poderia ter tomado o lugar, mas nunca venceria como homem.
— Agora durma, amanhã te dou o lugar sem destilar meu prazer. Infelizmente essa natureza doentia provém de nós.
(A incógnita, sábado - 18:48)

7 comentários:

Renan disse...

Desculpa, mas eu não sei se entendi...
HAHAHAHAHAHAHAHA
Está incrível Hugo, mas confude aos extremos. Angustia talvez, prazeres incoscientes, provavelmente.
E quem ganhou? O seu ego ou sua sombra?
A metáfora opaca que não pode ser desvendada.

Renan disse...

*confunde

Carolinna disse...

Concordo com o Renan, nunca tinha visto seu blog, mais achei muito bom, apesar de confuso .. hehe .. :D passarei mais vezes por aqui !


Beijo

Anônimo disse...

Cara, to viajando aqui...rs

abraço,
http://comideiaseideais.blogspot.com

Camila Camargo disse...

E esta luta continua, confundido-nos, separando opiniões e pensamentos, fazendo-nos criar a dúvida entre oq é real e o que é ficticio.

Anônimo disse...

legal
o blog
parabens

abraços

DuDu Magalhães disse...

Já não entendo nada! :S