sábado, 31 de maio de 2008

Em meio aos dias frios

Enquanto o mundo cai sobre meus conceitos e idealizações de uma vida calma, apenas consigo pensar em como um dia não dormir por um sentimento puro, o qual não é despertado em mim há um bom tempo.
Os conflitos agora constantes que me dão forças para escrever com gratidão ao que os outros definem como dom, já eu como o grito abafado pelo conformismo herdado de família.
E são várias as situações que crio pensando no que supostamente estou buscando, afinal, o que tem tornado meus dias pouco tediosos? O que minha mente involuntariamente definiu como felicidade?
Música é o único refúgio que venho tendo sentimentalmente falando, são sete da noite e estou buscando como escrever mais uma delas e desafiar a gravidade mais uma vez com a força obtida por gritar seu nome várias vezes.
Confusão, conformismo, covardia, palavras têm me perseguido, e pior que isso, é não conseguir pensar em nada, sentir-se uma pedra leva à distância da loucura, a passividade total, e a uma vida serena. Ainda que me persigam vêm como adjetivos sem fundo algum.
O frio ainda que me deixe alegre, torna-me solitário, um vazio com previsões de um dia melhor não passa perto de meus pensamentos, previsões são exatas demais para serem tomadas por mim nesse vão que há entre minhas vontades e vocês, mas dizer que estou mal seria idiota. É tempo de transição, e toda oscilação por bem ou por mal tem seu meio termo, chego então ao meu equilíbrio emocional, características predominantes: sono em excesso, carência, e falta de vontades aleatórias.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Noite


Assim como a noite, a tristeza não te espera para cair, e igual a todo ciclo, ela há de ir embora. Junto a ela vem o desespero pela aurora, aquela que virá também sem pressa por acalmar-te.
Cansado de refugiar-me sobre a luz de um lampião o qual tenho de abastecer sempre que não tenho mais forças nem para sustentar o velho sorriso sem um fundo de verdade, que servia apenas para esconder minhas fraquezas diante de um público figurante em minha vida.
Mas também não me darei por vencido, dizer que seguirei decaindo é tão hipócrita quanto dizer que estarei sorrindo ao amanhecer, e caso venha a calhar mais uma felicidade instantânea, será corrigida pelo pouco tempo que tenho até entrar novamente em órbita.
Olhar futuro e passado me desagradam, olhar o presente me desespera, para que possuir visão? Ou melhor dizendo ‘mente’.

domingo, 25 de maio de 2008

(Pré) Conceitos Formados

Já taxado de durão, turrão e cabeça dura, entrei em conflito comigo mesmo. É! Não é pra tanto, massss de forma exemplar fui expandir minha mente, pois se há algo o qual não quero ser é alguém ignorante, e criticar o que não entendo.
A parada gay funcionou comigo como uma espécie de terapia anti-homofóbica, o desprezo que levava daquelas pessoas ainda está dentro de mim, já que agem como se a desvalorização do corpo fosse diversão de gente supimpa, entretanto, ver tanta gente feliz e um mundo com muito mais diversidade e aceitação social me fez ver quão válido o evento.
Não prometendo ir outras vezes, mas depois de duas smirnoffs já estava achando aquilo tudo muito bacana, e se não fossem as investidas sem nexo ainda não assimiladas por inteiro, eu até toparia.
O mais legal de tudo é... bebi ao lado do meu pai, e ainda mais legal que isso, ele não me chamou de bêbado, nem me mandou comprar um coca, como minha mente irônica máster havia presumido. Hahaha
Novamente senti o que é querer desvendar um livro, o mais irritante e excitante é querer fazer a história ao invés de apenas lê-la.
Buscando alguma forma de dormir de alma lavada... sugestões?

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Um círculo vicioso que se faz necessário.

Preso novamente às paredes brancas deste quarto, onde passo boa parte da minha vida, ao entrar deram-me apenas um quadro, disseram para escrever aquilo que tivesse em mente, ao terminar, o que estava prescrito se fez recíproco, a desordem mais uma vez me tomou como parasita que é.
A força que imagens e palavras têm sobre o que sou se faz cada dia mais intensa, e os gráficos sentimentais oscilam de acordo com o que minha mente idealiza ser felicidade ou tristeza.
Monólogos, que agora se fazem menos presentes, me traziam certamente o que se podia entender por equilíbrio, pois cada um conhece a si próprio, e as coisas a este atreladas.
E logo após um dia intrigante de escancarados olhares maliciosos, o ego já não tinha por onde subir (daí a teoria citada acima), fez-me enxergar tal humano que sou, ainda com fraquezas tolas. E a intensidade falada que me derrubou ao pensar que felicidade estava baseada ao fato de descobrir o que sempre fui, e não ao que tomei como objetivo logo depois de descobrir o que realmente me encanta.
Sinto-me mais uma vez como se levasse um discurso na garganta, pronto para desencadear em loucura total ao tentar expressar o que realmente se passa numa mente em profunda transição.
Tanto tempo aqui, que já posso sentir a aurora trazendo consigo seus votos de um dia melhor, aquele que provavelmente começará às duas da tarde, acompanhado de uma cabeça dolorida por tanto pensar e das boas vindas ao quarto branco novamente.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Extrañas Sensaciones

Alguém já teve a sensação de estar tão feliz, que não é capaz de conviver com o resto do mundo, devido a um monte de críticas que sua mente é capaz de formular involuntariamente. Quando sua personalidade ganha vida de forma espetacular, aflorando os mais pequenos sentidos que antes você possuía e não se dava conta, estava preocupado demais para notá-los. Seguir aquela teoria adotada por mim já faz algum tempo, me leva a pensar que agora sim chegou a hora da ‘felicidade bônus’, onde encontrar quem mereça, ainda não sei; mas eu sempre encontro a solução quando menos imagino encontrá-la.
E enquanto me faz mal não ser capaz de governar o mundo, meu sangue mexicano pede por calor humano, mas como prendado rapaz de família sou, controlar-hei tal característica.
Minha paciência já quase esgotada me convida para ir ao shopping, são 5:20, e não é tudo que tenho a dizer, mas como o blog ficará aqui, lá vou eu.

Gratificações ao Sr. Lemos, que de modo anônimo me induziu a criar o Blog.