domingo, 24 de abril de 2011

I'm the pure evil

Eu deitei com certa expectativa de prazer. Gosto de deitar na falta de luz e sentir meu corpo nu, sentir o mais puro de mim. Pois é no tocar que me ganho, e me perco. Onde quero que me levem, tento, ao máximo, me levar. É que quero teu ódio ardendo no meu corpo, quero sentir a ira me sufocar, enquanto você também se perde. Deixar suar nas profundezas da minha escuridão. Sentir a melancolia nos abraçar enquanto finjo ser alguém sem amor. Sentir vinho e teu perfume barato. Sentir teu gelo e cheiro de cigarro.
Agora eu dedilho, fingindo fazer parte dessa tecnologia. Quando sou um idiota apaixonado, eu sou um escritor obcecado. Banhado em fingimento. Que nem mesmo sei quem sou.
Eu sou o puro mal. Eu nem sei quem sou.