sábado, 25 de dezembro de 2010

Quando tenho tempo, eu penso...

Vontade de cair na grama, porque meus pés não me sustentam mais. Chorar, pois eu não me tenho assistido sóbrio. Entram noites, saem dias, e minha cabeça ocupada não pensa, para não estimular os olhos. E eu pergunto “Qual é meu nome?”, “Qual é meu nome?”.
Nada parece mais o que costumava ser e me sinto com uma caixa de Pandora em mãos, completamente assustado quanto aos meus fantasmas, completamente inseguro quanto ao futuro. E pessoas insistem em gritar suas dores, em cobrar suas lembranças, e, embora errado, não quero olhar nos olhos, pois nem mesmo sei o que se passa pelos meus. Não importa se lobo, ou monstro, ou humano, sozinho, sempre sozinho, só importa pensar... e por isso cansaço, físico, mental... pois gostaria que o mundo caísse, às ruínas, para não sentir-me só, ao menos no fim de um dia de inseguranças... onde eu pudesse sentir que tudo vai ficar bem, sem ter de me segurar em frases de filmes, sem ter de trabalhar a imaginação para não acreditar que tudo é tão ruim.
Então caiu a lágrima, e eu paro de escrever. Porque não são todos que podem se dar ao luxo de pensar. Não são todos que podem chorar tranqüilos, pois seus medos são pequenos.