sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

PHOENIX (1992)

Ouçam as águas que caem... São elas as chuvas, os ventos, as tristezas. Teus tempos serão impiedosos... trago-lhe a realidade! Ouça a intensidade, que teu choro me afoga. Vá ser fiel a ti mesmo. Vá e ganhe a verdade! Brinda teu luto, e logo descubro. Ouça o mundo que rui. Ouça teu país como é exaltado. Conseqüência dum espelho quebrado. Olha tua alma como surta, olha teus sonhos como lhe apavoram. Desvantagens em se tornar homem... Toma teu caminho e saiba que dói, anda por ele, e aprenda a sorrir. Segure a espada e corta-lhes a boca. Manda que te amem, mas devolva-lhes o resguardo. Cure teus paradigmas e não apodreça como os demais. Assegure-se de que é firme e escreva-me mais algumas cartas. Dance como nenhum outro foi capaz. Apresenta-lhes o encanto e corra do justo. Grita teus anseios, lava teus pés, mergulhe em suas almas, chore a chuva que quiser. Grita teus medos, apaixone-se se puder... Mostra teu sangue que lateja, escorpiano! Vá e traga-me insígnias dignas de tua intensidade. Prometa que não padeça a vontade. Machuca-me tua grandeza... Lisonjeiro por recomeçar. Pára de lamentar! Bem-vindos os desprovidos de alma... começa agora o que não anseio terminar...

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