sexta-feira, 23 de maio de 2008

Um círculo vicioso que se faz necessário.

Preso novamente às paredes brancas deste quarto, onde passo boa parte da minha vida, ao entrar deram-me apenas um quadro, disseram para escrever aquilo que tivesse em mente, ao terminar, o que estava prescrito se fez recíproco, a desordem mais uma vez me tomou como parasita que é.
A força que imagens e palavras têm sobre o que sou se faz cada dia mais intensa, e os gráficos sentimentais oscilam de acordo com o que minha mente idealiza ser felicidade ou tristeza.
Monólogos, que agora se fazem menos presentes, me traziam certamente o que se podia entender por equilíbrio, pois cada um conhece a si próprio, e as coisas a este atreladas.
E logo após um dia intrigante de escancarados olhares maliciosos, o ego já não tinha por onde subir (daí a teoria citada acima), fez-me enxergar tal humano que sou, ainda com fraquezas tolas. E a intensidade falada que me derrubou ao pensar que felicidade estava baseada ao fato de descobrir o que sempre fui, e não ao que tomei como objetivo logo depois de descobrir o que realmente me encanta.
Sinto-me mais uma vez como se levasse um discurso na garganta, pronto para desencadear em loucura total ao tentar expressar o que realmente se passa numa mente em profunda transição.
Tanto tempo aqui, que já posso sentir a aurora trazendo consigo seus votos de um dia melhor, aquele que provavelmente começará às duas da tarde, acompanhado de uma cabeça dolorida por tanto pensar e das boas vindas ao quarto branco novamente.

Um comentário:

outro. disse...
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