segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Longa vida e reflexão

Não-usual seria a palavra, tão bela a sensação de sentir-se mais um no aglomerado de diferenciações. Sinto como se as coisas não fossem tão grandes, como se bastasse lutar... como se o caminho fosse todo árduo, mas tenho água e pão para toda a vida, e isso que importa. Então que seja se meus amores são louvados ou medíocres, pois outro dia ouvi dizer que meus olhos são frios, e eu temo acreditar na verdade dessa língua. Lidar comigo é coisa de outro mundo, talvez essas coisas de sorte, de destino, quando você bota a moeda no momento certo e aposta. Eu sinto como se fosse só mais um anel no meio da corrente, e, mais estranho, não me sinto pouco, me sinto daqueles que não sonham em desgastar ou que precisarão ser remodelados tão fácil, pois eu estou me alimentando de uma auto-suficiência jamais presenciada por este humilde escritor que lhes fala. Não, não quero tomar seu tempo, mas também não quero fugir ao meu instinto, e sei, que nem tudo dura para sempre, e nem o almejo, mas eu tenho certa facilidade em trazer resultados da nostalgia, mal de mim, mal do povo, tudo muito previsível, e não sou, nem lhes culpo, aliás... gosto, porque lhes tira o poder, porque, no fim, é isso, poder. E, olhando, revisando, tudo parece barato, mas o ano vem chegando ao fim, e a Fênix, que nasceu tão obviamente preparada a enfrentar isso que chamam de realidade, ainda continua com seu caminho imprevisível, mas comum montar relações após o tormento ou felicidade. Tudo embaralhado, olha aí de novo. Barato, barato, barato. Eu deveria me culpar. Mas não. Só não quero falar, não quero planejar, eu quero, sim, ouvir, observar, talvez entregar um pouquinho dessa minha aptidão à felicidade. Porque o ano me mostrou uma realidade em que é exigida uma sabedoria ainda maior do que eu costumava ver, e, como todo bom escorpiano, eu quero aprender a dominá-la, antes de sair gritando minha felicidade ao mundo.

domingo, 18 de julho de 2010

FULL OF GLORIA

Os dedos suados e finos acariciavam minhas mãos e sua respiração ofegante ao meu ouvido fazia-me arrepiar. Minha boca corria pelo pescoço, sedento pelo conhecimento vago daquele momento. Procurei nos olhos o que a boca não conseguia dizer. As luzes variavam, em vermelho e azul via perdição, amor, banalidade... meus olhos se perderam, deram razão ao desejo infundado.

Eu poderia ter tornado especial, por muitos momentos. Mas era uma noite superficial. Eu não me encontrava à casa e falava mais alto o perdedor que caça. Noite, cigarro, álcool, música envolvente. Noite de perdedor. Nenhum chocolate ou convite para um café na manhã seguinte. Beijos infundados. Nenhuma notória simbologia ou entrega emocional. Nenhum beijo apaixonado no metro de São Paulo.

Então ele volta, sem muito que esconder ou julgar. Fora somente uma noite cheia de impulsos. No bolso, ele ainda leva o coração surrado e cheio de paixão, esperando que mereçam seu romantismo de um domingo à tarde.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

DEATH IS THE FUTURE

E triste assim. Não pelo fato da morte, ou por medo desta. É pela certeza do fim. Pois o que nos impulsiona a viver é justamente a incerteza deste. É jogar uma pilha de papéis fora, pois ele não é chegado, e poder escrever tudo novamente.

Eu vivo falando de passado, não vejo a hora de que se passe o presente, e o futuro... O futuro é a morte.

Simples, e triste assim.

Eu não quero perder toda a beleza de dançar despretensiosamente. Eu não quero deixar de acordar para ver o sol. Não quero calar minha boca ao dizer que amo, pois eu amo, mesmo sendo desventurado. E que se danem os outros se não vêem a beleza. Que se danem se meu cabelo e minhas roupas não condizem com o sociável. Que se dane você, pois eu quero ver beleza.

Meus olhos estão abertos à vida... e o futuro? Que se dane o futuro... a vida é maior que ele.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Nowhere

Dear diary, what a day!

I swear I’ve never been so depressed, miserable and lonely in my entire life. It’s like I notice that gotta be somebody else there somewhere, just one person in this huge horrible unhappy universe, to hold me in the arms and tell me that everything is going to be OK. But how long do I have to wait before that person shows up? I feel like I’m sinking deeper and deeper in quicksand, watching everyone around me die a slow agonizing death. It’s like we all know, within our souls, that our generation was going to see a new everything. Can see in our eyes, it’s in mine. Look! I’m doomed. I’m only eighteen years old and I’m totally doomed.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Desencontros

Antes era o coração apertado que me impulsionava a escrever, e saíam bons sonetos. Eu tinha boas companhias e mesmo que só, solidão era coisa distante. Minhas noites eram mais sorridentes e havia paixão. As músicas soavam agradáveis e significativas. Eu sentia com mais intensidade os arredores dignos dos meus sorrisos, ou até mesmo das minhas lágrimas.

Hoje é dia de chorar pelo leite derramado, e não me importa se reverta ou não a situação. Eu quero chorar minhas perdas assim como comemoro as conquistas.

Hoje é dia de deixar o coração gritar, de deixar as lágrimas cair, e nem mesmo sei o porquê. De repente, tudo é confusão. De repente, solidão. E mesmo que não seja verídico, no fundo, eu que sei.

Eu quero que vá embora, e que venham dias mais recompensadores. Acima disso, que eu os enxergue e saiba valorizar a beleza que sempre desprezo.

There’s time for waisting... enjoy!