Vontade de cair na grama, porque meus pés não me sustentam mais. Chorar, pois eu não me tenho assistido sóbrio. Entram noites, saem dias, e minha cabeça ocupada não pensa, para não estimular os olhos. E eu pergunto “Qual é meu nome?”, “Qual é meu nome?”.
Nada parece mais o que costumava ser e me sinto com uma caixa de Pandora em mãos, completamente assustado quanto aos meus fantasmas, completamente inseguro quanto ao futuro. E pessoas insistem em gritar suas dores, em cobrar suas lembranças, e, embora errado, não quero olhar nos olhos, pois nem mesmo sei o que se passa pelos meus. Não importa se lobo, ou monstro, ou humano, sozinho, sempre sozinho, só importa pensar... e por isso cansaço, físico, mental... pois gostaria que o mundo caísse, às ruínas, para não sentir-me só, ao menos no fim de um dia de inseguranças... onde eu pudesse sentir que tudo vai ficar bem, sem ter de me segurar em frases de filmes, sem ter de trabalhar a imaginação para não acreditar que tudo é tão ruim.
Então caiu a lágrima, e eu paro de escrever. Porque não são todos que podem se dar ao luxo de pensar. Não são todos que podem chorar tranqüilos, pois seus medos são pequenos.